De No one knows me! a 25.11.2005 às 04:34
Vi a tua fotografia de riso alaranjado numa página da Visão que falava da Guarda de Honra dos candidatos presidenciais. Estás entre o Fernando Gil, à esquerda, e o António Lobo Antunes do outro lado, já com uma cor mais ruborescida.
Não tenho andado por aqui, nem por aí, por isso não me tinha apercebido das tuas tendências partidárias e foi uma surpresa. Quer dizer, pensava que a tua representação pólitica, neste caso de dirigente do Estado, nunca fosse encalhar na figura de Aníbal Cavaco Silva. Era um pouco a imagem que tinha de ti.
Quando te via na televisão, a andar por terras do Brasil, ou no deserto, já não me recordo bem, a falar de História e mais tarde, já sentado, numa mesa cheia de livros, a falar de histórias que se escreveram, nunca, nem por uma ocasião, te associei a esse esqueleto monolítico que agora ressurge na vida do país.
Li o artigo uma segunda vez para ver se me tinha escapado alguma coisa. Para ver se me explicavam esta minha crispação. Não te faziam mais referência. Apenas uma sucessão de nomes, deste àquele, nesta área e na outra, e no final já me tinha esquecido como é que te chamavas.
Mas lá estava a tua cara na primeira página para me fazer lembrar.
Enfim, está-se sempre a aprender. Não é que te conheça melhor por isso, é apenas uma constatação. Agora vou passar os olhos por aqui para ver se vejo mais alguma luz.
Não me demoro, prometo.