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Há quatro anos, no livro As Superpotências da Inteligência Artificial, Kai-Fu Lee previa que a China seria líder mundial em inteligência artificial (IA): porque tinha um grande mercado interno e podia acumular dados sem limite. Ele sabia do que falava; tinha passado pela Microsoft e pela Apple tendo fundado a Google China antes de se dedicar a financiar startups chinesas. Kai-Fu previa um mundo fabuloso, mas onde a IA seria incapaz de criatividade pura ou de “gerar sentimentos”. Agora, associou-se a Chen Qiufan, autor de ficção-científica, para escreverem Inteligência Artificial 2041 (também na Relógio d’Água), um conjunto de dez histórias, comentadas, sobre como a IA vai mudar o trabalho e as formas possíveis de vida humana, transformando-as num pesadelo perigoso – porque os operadores comerciais de IA (Google, Facebook, etc.) não são entidades fiáveis. Tudo vai estar bem em 2041, quando formos dispensáveis. Se correr bem, corre. Mas o lado humano da humanidade vai ser dispensável.
Da coluna diária do CM.
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