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Agora, os maluquinhos (representados pela editora HarperCollins inglesa, convém chamar os fascistas pelo nome) decidiram que os livros de Agatha Christie, ou seja, as histórias de Hercule Poirot e Miss Marple, devem ser atualizados, censurados e expurgados; a ideia é retirar expressões insultuosas e palavras excessivas, mostrando um género humano palerma, totalmente fofinho e carregado de bons sentimentos. O problema não está na “censura ideológica”, que em todos os séculos teve os seus canídeos amestrados. Bastaria comprar uma edição decente. O problema está na imundície que esta gente tem na cabeça e que a leva a ignorar que trocando um adjetivo, amenizando uma observação, censurando uma piada de Poirot – estão a alterar o sentido da personagem e do livro. Agatha Christie poderia não escrever muito bem, mas sabia o que fazia, ao contrário das cavalgaduras censórias atuais. Além do crime contra o direito de autor e a propriedade intelectual, há a ignorância alarve. Eles odeiam livros.
Da coluna diária do CM.
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