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Poderíamos falar da primavera – mas acaba de sair o Relatório Mundial da Felicidade para 2023, um índice que avalia o “índice de felicidade” em 137 países, e onde Portugal caiu do 34.º para o 56.º lugar, enquanto os países nórdicos se mantêm no pódio e à nossa frente estão países de uma mediania confrangedora, como a Finlândia (o primeiro), a Dinamarca, o silencioso Canadá, Malta, a Estónia, as Honduras ou o Uruguai. A culpa é dos políticos? Não, claramente, não. A constituição americana, por exemplo, menciona a felicidade, mas não a garante – e sim o direito a procurar a felicidade. Portugal tem uma doença grave: não quer ser o que realmente é e não se contenta com a felicidade; quer ser “o melhor do mundo” e há sempre uma cabeça tonta que nos garante que somos “os melhores do mundo”. Ser “o melhor do mundo” é triste e é um problema mental grave. Os otimistas profissionais não descansam enquanto não destroem a felicidade, a mediania, a cerveja gelada, a civilização e as coisas simples.
Da coluna diária do CM.
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