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Passam este domingo 70 anos sobre a morte de José Estaline (1878-1953). De 1922 até à sua morte, como secretário-geral do Partido Comunista da URSS, uma parte do destino do mundo dependeu desse homem risonho, violento, inteligente, calculista e frio. Provocador e arrivista antes de chegar ao poder, ditador implacável depois de o conquistar, herói pelo meio, Estaline transformou uma parte do mundo num campo de concentração onde se sucederam as purgas, o gulag, a fome, as deportações – e o seu rasto de crueldade, violência, perseguição, e assassínio em nome do comunismo. Como venceu os nazis na frente leste (depois de se ter aliado a Hitler num pacto vergonhoso), quase tudo lhe foi perdoado. Neruda dedicou-lhe vários péssimos poemas (“Estaline limpa, constrói, fortifica, preserva, olha, protege, alimenta…”). Aragon escreveu que “quando minha amada me der um filho, a primeira palavra que vou ensinar-lhe será: Estaline”. 70 anos depois continua a ser uma figura tão absurda como os seus fiéis.
Da coluna diária do CM.
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