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Que pena a trampolineirice em que se transformou o episódio do convite a Lula para vir ao Parlamento como orador, se é que ele foi feito. Acontece que a comunidade brasileira é a mais importante, a mais numerosa e a mais querida de todas as que vivem cá – e de que precisamos bastante. Depois de dois presidentes com horror a Portugal (Bolsonaro e Dilma) é importante normalizar a relação entre dois países que devem entender-se. Mas pacificar não é ribombar, ultrapassando etapas; exige sensatez, tempo, cautela e boa leitura do contexto político. Organizada por trapalhões sem noção da separação de poderes, a ida de Lula à AR não será totalmente pacífica – e é provável que transporte para Portugal querelas de que não precisamos no 25 de Abril. Esta trapalhada deixa-nos com um inútil problema de Estado, porque Lula é o presidente brasileiro e deve ser recebido como tal. Marcelo diz temer que se inquine esta visita. Tem razões para isso; é o resultado da insensatez que não o protege a ele nem a Lula.
Da coluna diária do CM.
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