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Ninguém conhece hoje o nome de William Ambrose Cowley, pirata britânico que deu a volta ao mundo no século XVII e que em 1684 publicou o primeiro mapa de pormenor das Galápagos. A sua vida tem outra data, a do ano anterior, quando mencionou e registou uma ilha no Atlântico Sul, a que deu o nome de Pepys. Ninguém mais a viu e ficou incluída na lista das “ilhas-fantasma”, ou seja, uma ilha que figura nos mapas mas que não foi vista pelos marinheiros. O nome, Pepys, deve-se a Samuel Pepys (1633-1703), uma espécie de ministro da marinha de Inglaterra. O que o distinguiu foi um minucioso e extraordinário diário (são 11 volumes) que abrange os anos de 1660 a 1669 – uma autêntica história do período que inclui a coroação de Carlos II, o Grande Incêndio de Londres e a peste de 1665. Discreto, viúvo, rico, bom funcionário, Pepys nunca deixou que o diário fosse publicado (só o foi em 1893). Passando hoje 390 anos sobre o seu nascimento, vão à net em busca desse diário. Todos temos um dia no passado.
Da coluna diária do CM.
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