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A 25 de janeiro, um indefeso e solitário imigrante nepalês foi agredido à paulada, socado, pontapeado e roubado por um grupo de saudáveis, bebidos e rijos adolescentes de Olhão. Não parece ter sido o primeiro caso. O nosso PR representou-nos a todos; foi pedir desculpa em nosso nome e pedir um emprego para a vítima; foi um belo gesto, que só Marcelo sabe representar. Por seu lado, o edil olhanense (justiça lhe seja feita, reagiu na hora) teme que o concelho seja visto como um resíduo xenófobo e jura que está tudo bem, que é terra de paz e que há aqui “um problema de saúde mental” que teria levado “os jovens” (ainda não identificados) a agredir à paulada, pontapear, socar e roubar o estrangeiro indefeso como “um misto de diversão e de exaltação das suas raivas”. Compreendo que o autarca também queira ser um bom terapeuta familiar junto do seu eleitorado, mas convém reconhecer que aquela noite de 25 de janeiro teve também maldade, violência, egoísmo, brutalidade e indiferença. Foi há 14 dias.
Da coluna diária do CM.
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