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Talvez não fosse necessário citar a Bíblia, mas há aquele fragmento que lembra o dever de não maltratar nem oprimir os estrangeiros na nossa terra; “pois tu foste estrangeiro” é uma das mais lembranças pertinentes depois do incêndio na Mouraria, que obriga a maior parte dos portugueses (e dos lisboetas em particular) a saber em que condições desumanas são abrigados estrangeiros nas suas cidades, depois de, para foguetório político, as autoridades lhes declararem a solidariedade e o apoio que nunca vieram. Mas aflige-me bastante o caso de Olhão, em que um estrangeiro, isolado, é barbaramente agredido por um bando de rapazes – e estes, apesar de identificados, a acreditar no ministro da Administração Interna, ainda não foram detidos. É um mistério policial na bela cidade algarvia. Parece que não é caso único, mas o autarca de Olhão menciona este pormenor: parece que os adolescentes já estão conscientes da “grande asneirada” que fizeram. O uso da palavra “asneirada” parece, no mínimo, uma asneira.
Da coluna diária do CM.
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