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A opinião pública europeia.

por FJV, em 06.02.23

Ditadores e governantes sem escrúpulos julgam sempre ter o tempo a seu favor. Na maior parte dos casos é isso que acontece. Putin sabe que a opinião pública europeia é muito flutuante, acomodada e habituada a soluções fáceis: ao fim de um ano de guerra – um período invulgarmente longo para um continente que não conhecia conflitos militares há oitenta anos – os apelos “à paz”, “à negociação” e mesmo à entrega de territórios à Rússia são mais sonoros e fazem outro sentido. São uma das coisas que Putin esperava, sobretudo com essa ideia já escutada aqui e ali (veja-se a “proposta” de Lula), a de criar um grupo de países que negoceiem a paz e em que a Ucrânia não entra. Quase tudo lhe corre de feição. Se for esse o desenlace, a doutrina política e estratégica que sai desta guerra é a que protege os mais fortes, os agressores, os governantes sem escrúpulos e os ditadores; duvido que seja esse o desenho de um mundo ideal no futuro, mas os “pacifistas” são imprevisíveis nas suas tendências.

Da coluna diária do CM.

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