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Evidentemente que os alunos são a parte mais fraca do sistema educativo – ou seja, neste caso, do fecho das escolas devido às greves de professores. E, com eles, os pais que, nos últimos quinze dias, encontram as escolas fechadas. É natural que o governo jogue nesse tabuleiro: dentro de dias, “os professores terão contra si uma boa parte do país”. Azares e injustiças do combate político e sindical, com que os professores terão de lidar. E, no entanto, o seu combate devia preocupar-nos porque, além das questões de salariais e de carreira (que são o único motor da Fenprof), há cada vez mais a noção de que a “escola pública” – minada por anos de poder dos burocratas e experimentalistas – corre perigos fatais. Em primeiro lugar, o da qualidade de ensino; em segundo, o da catástrofe dos sistemas de avaliação que está a colocar Portugal na cauda da Europa; em terceiro lugar, no sistema de concurso e preenchimento de vagas em todo o país. Tudo isso faliu ou está a caminho de se tornar insuportável.
Da coluna diária do CM.
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