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Mau feitio reincidente e notório, baixinho, arrivista e com demasiado pendor para o pugilato (bem como para o machismo e as opiniões inesperadas), estrela da política, hiperssexual desastroso (tem um livro intitulado Prisioneiro do Sexo, que as feministas odeiam) e adúltero contumaz (seis casamentos, um deles encerrado com uma tentativa de assassinato), Nachem Malech Mailer, aliás, Norman Mailer (1923-2007) nasceu há cem anos. Incompatibilizou-se com meio mundo; isso era normal em gente com coragem. Por vontade sua estaria entre nós a beber e a discutir boxe (tema a que dedicou vários excelentes textos), os Kennedy, a história da CIA (a que dedicou um romance monumental, O Fantasma de Harlot), Marilyn (de quem escreveu uma biografia) – e literatura, claro, porque foi um dos grandes romancistas do século XX (Os Duros não Dançam é um dos seus momentos), quando os americanos não escreviam como pregadores nem como queixinhas. Foi um historiador e crítico da América. Um trabalhador incansável.
Da coluna diária do CM.
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