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O jacobinismo e o populismo, cada um nos seus conclaves, rejubilam com a polémica à volta das Jornadas da Juventude; com eles, instituições, flutuadores do costume e políticos a arder põem-se à sombra, caladinhos, porque é Moedas a ser triturado. Escusam. Sobretudo os que desde há quatro anos conhecem a dimensão do evento e só agora fingem despertar – em público, milimetricamente – para o “escândalo dos custos”, cujo orçamento “criticam”. É duvidoso que o Presidente da República e o bispo auxiliar de Lisboa, cujas intervenções são no mínimo estranhas, desconhecessem o que estava em causa: nenhum deles é um corpo estranho às JMJ; sabem que Portugal se convidou para as organizar; os que sabiam os milhões envolvidos representam agora o papel de marcianos, como se os ignorassem; no esdrúxulo caso do bispo, invocando “desagrado” tardio e à medida; no caso do PR, multiplicando-se em perplexidades. Com parte da imprensa a ser usada, custa a acreditar que Santos Silva tenha sido uma das raras vozes sensatas.
Da coluna diária do CM.
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