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Não tenho muitos comentários sobre o vandalismo de Brasília e o seu rasto de destruição e baixeza. Vejo as imagens com um misto de repulsa e de comiseração, de vergonha e de rejeição pura e simples. Edifícios vandalizados, peças de arte destruídas ou danificadas, espaços nobres entregues à turbamulta, a covardia e canalhices de mentores ausentes – e, sobretudo, o chapéu onde essa pólvora se alberga: a pobreza, a indigência mental, a crendice, o desrespeito pela democracia e suas regras, a futebolização da vida brasileira, o desregramento extremista, que periodicamente toma de assalto a política. Tal como nos EUA os moderados carregam o fardo da chocalhice de Trump, também no Brasil será necessário expiar a doença e o vírus que permitiram Bolsonaro e o seu desfile de indignidades. É muito provável que nada desse vandalismo tenha sido comandado ou planeado; isso torna-o ainda mais grave. Como se as labaredas da violência estivessem à espera de serem atiçadas. Vamos ver se há alguém inteligente.
Da coluna diária do CM.
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