Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ao que eu cheguei. A pôr-me a defender o uso da língua portuguesa em vez do inglês para deslumbrados. Começou por uma brincadeira, quando ouvi uma entrevista de um desses parolos – ele insistia que tudo era um problema de “mindset”. Vá lá, de mentalidade. Por que não dizer “mentalidade” em vez de “mindset”? Eu sei que o inglês de economistas é uma regra de ouro internacional, mas não custa nada dizer “prazo” em vez de “deadline” ou “resposta” ou “comentário” em vez de “feedback”. Várias vezes uso a palavra “briefing” mas prometo que usarei “relatório”, “resumo”, ou “instruções”, ou outra coisa qualquer. Não vou comparecer a “meetings” mas sim a reuniões e não responderei a “calls”, mas a “chamadas” ou “telefonemas” ou “comunicações”, mesmo quando se tratar de comentar “orçamentos” – e não “budgets” – ou “roteiros” e não “roadmaps”. E, de qualquer modo, defenderei o fuzilamento de quem disser “aitem” em vez de “item”, porque latim é latim, mesmo que me peçam para “wording” em vez de escrever um texto, digamos, e não um “report”. A menos que seja para dizer “fuck off”, naturalmente.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.