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Se o leitor pensar que há no “caso Alexandra Reis” moscambilha e irregularidade, bem pode tirar o cavalinho da chuva: não há. O Presidente da República avisou: não há ilegalidade, a gestora só recebeu uma parte daquilo a que tinha direito. Alguém lhe perguntou? Não, mas ficou dito. Vem agora a segunda fase: a do escândalo e dos cabelos arrepanhados de horror. A agora secretária de Estado foi mandada embora da TAP ou “foi abraçar novos desafios”, como diz a TAP? Para resolver a questão e ficar tudo em paz, o PR diz que Alexandra Reis poderia ter o gesto bonito de devolver a quantia recebida. Errado. Porquê, se foram cumpridos “todos os preceitos legais”? Acontece que tudo parece estritamente legal, com ou sem a cobertura risonha ou preocupada das autoridades. E a terceira parte: os ministros que contrataram a gestora, para a NAV e para o governo, pedem “esclarecimento”. O primeiro-ministro, declarando surpresa, pede “esclarecimento”. O PR pede “esclarecimento” porque não se pode estar todos com notícias diferentes sobre os mesmos factos. Se isto não é Portugal, não sei o que pode ser.
Da coluna diária do CM.
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