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As coisas estão bem feitas e há uma ordem no universo. No início do mês, uma sondagem CM/Negócios mostrava que 45,9% dos portugueses prefere mais “investimento público” e que apenas 25,5% acha que se devem baixar os impostos pagos pelas famílias. Há quem interprete de forma maneirinha este apetite libidinoso dos portugueses por tudo o que leve a designação “público”, mesmo que depois sejam maltratados pelo Estado. Veja-se, por exemplo, o caso da gratuitidade dos manuais escolares. O governo e a esquerda acham que é preferível não distribuir manuais a quem os necessite (bastaria uma declaração de IRS) – mas apenas aos alunos da escola pública, mesmo aos filhos dos ricos. Claro que os filhos dos ricos também são gente, mas não é isso que conta: o importante é saber se alguém anda na escola do Estado, alinhado e a engrossar o número, ou se anda na escola privada ou cooperativa. Se for este segundo caso, a esquerda e o governo, cegos pela ideologia, aplicam o castigo respetivo por estas famílias não terem optado pelo “ensino público”. Até que aprendam e saiam todos pela mesma bitola.
Da coluna diária do CM.
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