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O pequeno espectáculo em redor do julgamento dos “jovens ativistas climáticos” ludibria a natureza das suas reivindicações e o facto de muitos dos apoios que receberam serem uma espécie de bailarico dos apóstolos da “revolução permanente” que nada tem a ver com o ambiente. A agenda das ocupações de escolas e universidades, há umas semanas, é uma espécie de lerolero de pacotilha à mistura com milenarismo apocalíptico. Para a maior parte deles, como dos seus agitadores e manobradores profissionais, a questão não é ambiental – é apenas política e vagamente identitária. Nada contra. É possível pensar que basta acabar com o capitalismo para que o planeta se pareça com uma alface, da mesma forma que as “pessoas famosas” se consideram “ativistas ambientais” apenas porque não usam sabonete e vestem “roupa sustentável”. Até aos anos 80, quando a esquerda descobriu as questões ecológicas (ninguém foi tão destruidor do ambiente como a URSS, ou tão agressivo contra a Natureza como a China), o combate pela preservação ambiental era matéria conservadora. Na verdade, continua a ser.
Da coluna diária do CM.
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