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Espinosa, 390 anos depois.

por FJV, em 24.11.22

Baruch Espinoza – Wikipédia, a enciclopédia livre

Há uns anos, num pequeno aeroporto francês, encontrei um livro (estava há dez meses no top dos livros mais vendidos, coisa que nos há de parecer estranha em Portugal) sobre a vida e obra de Espinosa; mas, mais do que isso, sobre o “milagre” que representaram a sua filosofia e a sua visão do mundo e da natureza. O título era, justamente, O Milagre Espinosa, de Frédéric Lenoir: por um lado, o milagre da razão, por outro o papel conferido às emoções; a conceção de Deus e da Natureza como corpos semelhantes; a noção de que a Bíblia não pode ser lida no seu sentido literal; o papel da alegria, que é o pilar existência que há de encontrar a beatitude. Em 1656, o documento que excomungou Espinosa – que depois usaria o nome Bento em vez de Baruch – na comunidade judaica de Amesterdão foi escrito em português. A família, que frequentava a sinagoga portuguesa (a “Esnoga”) fugira de Portugal, crê-se que da Vidigueira, e estabelecera-se na Holanda, terra de exílio dos sefarditas portugueses; Espinosa nasceu em 1632 – passam hoje 390 anos. Morreu jovem, sofreu muito. Mas a alegria é o seu milagre.

Da coluna diária do CM.

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