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O discurso inaugural de Gianni Infantino na abertura do Mundial do Qatar há de ficar na história como uma prova de karaoke em que o patrão da FIFA interpretou à sua maneira o linguajar moderninho e a música anti-europeia – mas de patinhas no ar. O ataque à hipocrisia do Ocidente e ao “racismo sistémico” compreende-se; Putin também o faz, e os maluquinhos progressistas são especialistas na modalidade. Fino como um alho, declarou-se gay, africano, migrante, qatari, portador de deficiência e creio que ruivo com sardas (no final também disse sentir-se mulher, tinha falhado). Cá fora, nas ruas havia ‘outdoors’ com frases da ordem, em defesa do futebol como promotor do “desenvolvimento sustentável” e da “preservação do ambiente”. Palavrinhas, sabem-nas todas. Vamos e venhamos, a mixórdia da FIFA explica por que razão Infantino não precisa da Europa: o próximo Mundial joga-se no Canadá, México e EUA; em 2030, a candidatura europeia é luso-espanhola e ucraniana, mas tem a concorrência da Argentina e Uruguai, ou de Marrocos com a Tunísia. Infantino já ganhou. Não precisa do dinheiro europeu.
Da coluna diária do CM.
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