Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O domínio cristão acabou por reunir quase todas as celebrações em nome dos mortos e do início do ano. As festividades destes três dias (de 31 de outubro a 2 de novembro) incluem o dia de todos os Santos, contíguo ao dos Fiéis Defuntos, na tradição cristã; o início do ano na tradição celta – com o inverno, assinalado pelo Samhain, de onde acaba por derivar o fio cristão do Halloween anglofóno, que também relembra os mortos e não tem nada que ver com bruxas; o Dia dos Mortos mexicano nas culturas da América, especialmente aztecas, que foi deslocado do verão para esta data, mantendo os seus rituais coloridos e festivos. Outras culturas mantiveram o seu calendário estival de homenagem aos mortos, como no Japão, na China, na Coreia ou noutros territórios do Pacífico. Em todas essas tradições (o judaísmo e o islão tenuemente, por altura do Rosh Hashanah ou do Ramadão) há um ponto recorrente: a homenagem aos que partiram, recebendo sua a visita ou visitando-os na sua última morada. Começo e recomeço, memória e recolhimento, festa e celebração, passado e presente. São dias de visita.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.