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Em 1914, uma militante sufragista esfaqueou o quadro “Vénus ao Espelho”, de Velázquez, em Londres – era um protesto contra a nudez de uma das mulheres mais belas da história da pintura e contra a prisão de uma companheira de luta; não é um modo surpreendente de chamar a atenção, mas hoje os atacantes são designados por “ativistas” e a ideia é defender boas causas praticando actos de rebeldia. Desde há meses, um grupo britânico intitulado Just Stop Oil já foram considerados ativistas do bem e defendidos nas “redes sociais” depois de terem vandalizado os “Girassóis”, de Van Gogh (1853-1890), na National Gallery, em Londres – de que já se tinham ocupado ao atacar ”Pessegueiros em Flor”, acrescentando à lista um quadro de Constable (1776-1837), outro, belíssimo, de Turner (1775-1851) e ”A Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci (1452-1519). Anteontem, um grupo alemão juntou-se-lhes e foram designados ‘ativistas’ por atirarem puré de batata sobre “Os Palheiros”, de Monet (1840-1926). Ao menos, atacassem peças de ”arte contemporânea”, que ninguém ia notar – tirando os negociantes de petróleo.
Da coluna diária do CM.
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