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Era uma vez um grupo de três rapazes que aprendi a admirar e com quem estive a meio de vários caminhos – mas cuja pedalada foi sempre maior do que a minha. Escreviam muito bem, eram inteligentes, cultos, destemidos, ousados (e também tímidos), fugazes e destinados a deixar o seu nome. Pedro Mexia, Pedro Lomba e João Pereira Coutinho fundaram há vinte anos um blog chamado ‘A Coluna Infame’ e provaram que era possível fazê-lo sem estar a repetir a lengalenga politicamente bem-educada, respeitadora e que, mais tarde ou mais cedo, iria levá-los às lideranças partidárias. Não foi assim: eram três pessoas diferentes, três canetas distintas, à direita, três bibliotecas contíguas – e ‘A Coluna Infame’ é uma marca cravada nesses primeiros anos do século; uma espécie de bandeira na encosta do Evereste: “Aqui estamos e foi isto que deixámos, não nos procurem lá no alto. Cada um foi pelo seu caminho.” Cada um deles é uma parte da natureza humana de que falava Manzoni (1785-1873), o autor da História da Coluna Infame. Vinte anos depois, pode dizer-se que esses três rapazes ganharam o combate.
Da coluna diária do CM.
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