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Depois de setenta anos de «paz perpétua», a Europa tem uma guerra nas suas fronteiras. A invasão da Ucrânia pelos exércitos imperialistas russos é o fim dessa estabilidade – e à qual a Europa não podia ficar indiferente, porque a inviolabilidade das fronteiras é uma das bases dessa estabilidade. Isso e o respeito pelos povos. Adiante. De todas as razões, as “históricas” parecem-me bastante senis; são as mesmas que, recuando de século para século, levariam a França a reivindicar o atual Reino Unido ou nós, se não fôssemos pindéricos, a fazer uma arruaça em Marrocos, porque o Marquês de Pombal estava bêbedo quando mandou abandonar Mazagão. O que me preocupa é o argumento de que “é preciso ser muito estúpido para achar que a Rússia podia perder a guerra, porque agora vemos levar com a ogiva”. A frase vem diretamente das “redes sociais”, onde analistas de grande sensibilidade, rebuscados no PCP ou na direita radical, dão as mãos embevecidos e hirtos de cada vez que os majores-generais Costa e Branco procedem nas suas homilias. De facto, a estupidez é a guerra por outros meios.
Da coluna diária do CM.
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