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Passam hoje 360 anos sobre a morte de Blaise Pascal (1623-1662), que deixou importantes contribuições para a Matemática e a Física. E mudou também a nossa forma de pensar sobre o destino e a condição humana. Primeiro, porque viveu depois de Michel de Montaigne (1553-1592), cujos Ensaios são o modelo de pensamento posterior na Europa; depois, porque esses tempos da modernidade e do racionalismo permitiram inventar o conhecimento pessoal como uma das tarefas essenciais da humanidade como hoje a conhecemos. A experiência subjetiva (“o coração tem razões que a razão desconhece”) e o reconhecimento da fragilidade, do medo ou da intimidade, ou do lugar da religião, são matéria essencial do que Pascal deixou disperso nos seus Pensamentos. Montaigne refletiu sobre a ociosidade, a solidão e a arte de aprender a morrer; permitiu o aparecimento de um Pascal que lidou com os enigmas da matemática e com os da imaginação ou da ética pessoal, em simultâneo. Não seríamos como somos sem Pascal.
Da coluna diária do CM.
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