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Nunca gostei de histórias de espadachins, de modo que o meu primeiro livro de Alexandre Dumas (1802-1870) foi A Tulipa Negra, uma história de amor holandesa, passada no cárcere – que me aborreceu muito e nunca terminei. Depois li Conde de Monte Cristo, na velha edição da Civilização, em quatro volumes, que ainda guardo. Como todos os adolescentes, a figura de Edmond Dantès foi apaixonante, tal como a sua vingança sobre Danglars, Mondego, Morcerf e Villefort, os malvados de Paris. Só na idade adulta li Os Quatro Mosqueteiros (bom como A Rainha Margot e o aventuroso conjunto de Memórias de um Médico, com Joseph Balsamo), e por causa de O Clube Dumas, romance de Arturo Pérez-Reverte; foi acertado – os imbróglios de D’Artagnan com Athos, Porthos e Aramis só se compreendem realmente no contexto da política francesa sob Luís XIII (casado com Ana de Habsburgo, infanta de Portugal), Richelieu e Mazarin. Alexandre Dumas, espalhafatoso e figura de romance de quem hoje assinalamos 220 anos sobre o seu nascimento, escreveu o retrato folhetinesco dessa época. De capa e espada, como no cinema.
Da coluna diária do CM.
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