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O general Verão.

por FJV, em 19.07.22

Tanto os suecos (no século XVIII), como os franceses (Bonaparte, em 1812) ou os alemães (1943) experimentaram a força do “general Inverno”, o grande aliado da Rússia que derrotou exércitos e chefes militares otimistas. Temo que, desta vez, os russos agradeçam ao “general Verão” a desmobilização do interesse ocidental pela Ucrânia. Com o verão e as férias europeias, essa desmobilização deixa à solta, como um fantasma, a agressividade da invasão russa – que, além das cidades e das vidas destruídas, da fome e da ameaça a todo o mundo, arrasou bibliotecas, museus, edifícios históricos e religiosos, centros culturais, museus, escolas e universidades (os dados da UNESCO falam de mais de 300 locais de interesse cultural atacados ou destruídos). O ocidente, muito preocupado com as políticas identitárias e as pequenas “guerras culturais” sobre o que é “género” e o que é “sexo”, sobre o que é censurável, admissível e ofensivo, esquece esta verdadeira guerra cultural – a destruição massiva e propositada, orientada pelo aparelho militar russo em território estrangeiro. Esta é uma guerra verdadeira.

Da coluna diária do CM.

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