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Falemos do silêncio dos católicos. Foi preciso pesquisar em várias páginas do Google para encontrar referências portuguesas aos ataques que, desde há algumas semanas, aterrorizam os cristãos da Nigéria. A 10 de maio, militantes do Estado Islâmico executaram 20 católicos; duas semanas depois, no sul do país, 31 católicos foram mortos numa igreja; no passado dia 5, 50 católicos de Owo foram mortos durante um ataque durante a missa de domingo. As televisões portuguesas pouco ou nenhum destaque deram aos massacres, apesar de as imagens mostrarem a natureza e a intensidade da violência. Também passou em silêncio, o linchamento da estudante universitária Deborah Samuel Yakubu, a 12 de maio, particularmente chocante: por se tratar de uma jovem estudante, e porque os seus assassinos (colegas da universidade), não satisfeitos por a terem apedrejado e agredido até à morte, a queimaram depois de a terem prendido com pneus. Como sabemos, há mortos de primeira e de segunda categoria, consoante a origem geográfica, a cor da pele e a necessidade de evitar críticas aos executantes dos crimes.
Da coluna diária do CM.
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