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Ao fim de seis anos (seis longos anos), o tribunal de Guimarães deu início ao julgamento para apurar a verdade e punir os autores dos maus tratos infligidos a jovens raparigas oriundas de meios humildes, pobres e desprotegidos que viveram sob a alçada da Fraternidade Missionária de Cristo Jovem, em Requião, Famalicão. O julgamento começou em abril do ano passado – a sentença vai ser lida mais de um ano depois, a 23 deste mês, e pelo meio concluímos que o então arcebispo de Braga soube das acusações, que lhe foram comunicadas numa carta das vítimas (que sofreram em condições sub-humanas, perversas, sádicas e inferiores à condição de escravatura, com noviças torturadas a chicote e obrigadas a toda a sorte de castigos e humilhações indescritíveis), mas esperou pacientemente que o caso viesse a lume. Já era tarde. A Fraternidade estava ligada a uma seita milenarista que lutava contra Satanás espalhando cruzes pelo país fora, mas o padre e as três freiras atuaram até a PJ ter desmantelado a casa de horrores. Satanás, como se sabe, espreita por onde quer. Pena que seja na igreja.
Da coluna diária do CM.
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