Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Chamemos-lhe “o caso de Setúbal” – todos sabemos do que se trata: refugiadas ucranianas interrogadas (é esse o termo) por cidadãos russos com ligações ao regime de Putin e à sua rede de influência e informação, com o beneplácito da Câmara local. Não são de hoje as ligações da câmara a essa rede que, aliás, existe noutros locais do país (por isso foi tão grave a promiscuidade entre a câmara de Lisboa e a embaixada russa, e é tão grave o que agora se passa em Aveiro). Portugal sempre foi um lugar agradável para bufos e espiões; mas hoje, seja qual for a origem, eles não precisam de um lugar – mas de uma porta de entrada dócil, descuidada e indiferente. O secretário-geral do PCP, com aquele ar de quem já viveu sucessivos pactos com o diabo (é certo que tinha apenas 8 anos quando o regime soviético e a Alemanha nazi assinaram um deles) e sobreviveu a sucessivas invasões e ocupações (Polónia, Checoslováquia, Hungria), acredita que tudo isto é feito para “manchar” (palavra sua) a honra perdida do seu partido. Quando terminar a guerra na Ucrânia, veremos as manchas que é preciso tirar a limpo.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.