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O filme Uma Abelha na Chuva, de Fernando Lopes, baseado no romance de Carlos de Oliveira, estreou há 50 anos. É uma peça inesquecível no nosso cinema, a par da adaptação que Lopes fez de O Delfim, romance de José Cardoso Pires, com argumento de Vasco Pulido Valente, lançado há 20 anos. Algumas efemérides lembram cavalheiros de outro tempo. Fernando Lopes (1935-2012), cineasta cultíssimo, era desse tipo de pessoas que ficam a marcar a nossa vida. Graças a ele, como diretor, a RTP2 do final dos anos 70 foi uma obra memorável – que ainda hoje deveria ser o modelo do canal público de televisão. Mas é sobretudo como realizador que devemos recordá-lo. O de Uma Abelha da Chuva (excelente Laura Soveral), o do documentário Belarmino (1964) naturalmente, que ficará como emblema da geração, o de O Fio do Horizonte (1993), que adapta um livro de Antonio Tabucchi, o de ‘98 Octanas’ (2006, revelação de Carla Chambel) e, claro, O Delfim (2002, magníficas presenças de Rogério Samora e Alexandra Lencastre). Passam hoje dez anos sobre a sua morte; é ocasião para relembrá-lo como um dos grandes.
Da coluna diária do CM.
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