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Contrariando o princípio de que a História só é previsível depois de as coisas acontecerem, tenho seguido a saga dos analistas que tentam, com ternura muito lambareira, “compreender o lado de lá”, ou seja, a Rússia. Louvo o esforço, muito indulgente e desprendido, mas também era bom entendermos o nosso lado. A primeira coisa a estabelecer é que a Ucrânia é uma antiga colónia russa, e que a Rússia (a maior fornecedora de gás e petróleo, um colosso territorial e estratégico a respeitar como se respeitam os rinocerontes em campo aberto) é uma cleptocracia autocrática que tem financiado o terrorismo digital e a desestabilização das democracias (as nossas, ponto final). A invasão da Crimeia pôs muitos europeus a pensar que as democracias eram mais fracas do que os regimes autoritários; uma vitória da Rússia abalaria a nossa confiança nos pilares da democracia (soberania, fronteiras, liberdade, bem-estar). Por mais fofinha que seja a imagem de Putin nas entrevistas que se têm visto nas televisões (como Hitler fotografado a acariciar cãezinhos), é importante recordar coisas básicas.
Da coluna diária do CM.
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