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Isaac Asimov (que nasceu na Rússia em 1920, perto de Smolensk) foi um adolescente até ao final da vida, fascinado com a ideia de um mundo imaginado até ao mais ínfimo pormenor. Um universo que funcionasse na perfeição. Se o checo Karel Čapek imaginou uma revolta dos robôs, por exemplo (na peça RUR, de 1920), Asimov estabeleceu as regras para que isso não acontecesse, as chamadas “três leis da robótica”: nada falhava no seu mundo, não por imposição de um poder superior, mas porque o universo se encaminharia um dia para a perfeição. Na série Fundação (que nos recorda vagamente a saga de Star Treck), a mais famosa de toda a sua bibliografia, estabelece os princípios dessa ordem, em que a velha ordem é substituída por uma hierarquia equilibrada de valores científicos, humanos e morais. Asimov levou milhões de adolescentes e adultos a acreditar na invenção e na imaginação científicas e no poder do conhecimento. Quando morreu, em abril de 1992 (há 30 anos, assinalados hoje), tinha escrito mais de 400 obras. Era um dos modelos do americano utópico, ingénuo e visionário. Destes, agora, só no cinema.
Da coluna diária do CM.
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