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O vetusto e pró-soviético Conselho Português para a Paz e Cooperação.

por FJV, em 28.03.22

 que restar da Ucrânia, depois da agressão russa, será reerguido; o que restar da influência russa será castigado durante muito tempo, até à queda definitiva de Putin. Se acontecer qualquer coisa muito diferente, isso significará que o crime compensa e que as monstruosidades cometidas pela campanha russa (negadas, sob todas as evidências, por um grupo de parlapatões que continua a alimentar alguns canais de televisão) são um instrumento admissível no diálogo entre as nações. As ruínas da Ucrânia são o produto dos mitos soviéticos acerca da II Guerra e da sua invencibilidade militar, além dos mitos históricos russos – para não falar da vaidade e da insanidade de Putin, que parece acreditar nos seus delírios, tanto como os seus pobres epígonos portugueses, que se mascaram de “neutros”. O que é extraordinário não é que isto aconteça (é da tradição nefelibata dos herdeiros de Estaline): é que o vetusto e pró-soviético Conselho Português para a Paz e Cooperação tenha ressuscitado com uma campanha para “parar a guerra, dar uma oportunidade à paz” sem condenar claramente a agressão russa.

Da coluna diária do CM.

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