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Tabucchi, nunca nos despedimos.

por FJV, em 25.03.22

Despedimo-nos de Antonio Tabucchi (1943-2012) há dez anos. Apaixonado por Fernando Pessoa, que estudou longamente e a quem dedicou inteligência e uma intuição elegante, seduzido por Lisboa, onde acabou por morrer, este italiano de Pisa, que ensinou em Siena, Bolonha e Génova, é um dos grandes autores do tempo de que nos despedimos. Noturno Indiano (1984) é uma preciosidade que não merece ser esquecida, juntamente com outras pequenas novelas, narrativas curtas, pequenas histórias – como Mulher de Porto Pim (1983), O Fio do Horizonte (1986) ou Pequenos Equívocos sem Importância (1985). E há a graça de Os Voláteis do Beato Angélico (1987), e os seus memoráveis estudos sobre Pessoa (Pessoana Mínima e A Nostalgia, o Automóvel, o Infinito), além de A Cabeça Perdida de Damasceno Monteiro (1997) ou Afirma Pereira (1994), levado ao cinema com Marcello Mastroianni e Joaquim de Almeida. Fernando Lopes levou ao cinema O Fio do Horizonte (1993), Alain Corneau tratou de Noturno Indiano e Alain Tanner filmou o seu pessoano Requiem. Ainda não nos despedimos.

Da coluna diária do CM.

 
 

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