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É provavelmente uma das marchas mais tocadas e escutadas no mundo, “Stars and Stripes Forever”, marcha nacional americana desde 1987 – composta ou imaginada pelo seu autor no Natal de 1896, cerca de 10 anos depois de ter escrito “Semper Fidelis”, que foi adoptada como marcha dos Marines americanos (em que se alistou aos 13 anos). A lista de composições de John Philip Sousa (1854-1932) é enormíssima, e dele pode dizer-se que é uma espécie de compositor nacional e patriótico americano, “o rei das marchas”. O pai, João António de Sousa, era português de origem açoriana, nascido em Sevilha em 1824 – casou com uma senhora alemã – e John Philip, que poderia ter sido João Filipe, nasceu já em Washington, onde viveu boa parte da sua vida (e foi sepultado com todas as honras), antes de se dividir entre Nova Iorque e a Pensilvânia. Não tem grande importância que os acordes, recuos, solos, euforias e coros de “Stars and Stripes” tenham ressonância portuguesa, a não ser pela nossa melancolia, que hoje assinala a passagem de 90 anos sobre a sua morte. Tinha uns belos bigodes maçónicos e lusitanos.
Da coluna diária do CM.
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