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Em 1989, cinco anos após a morte de Ngaio Marsh, os correios neozelandeses puseram em circulação um selo com a sua imagem – era um dos nomes mais importantes da literatura local, ao lado de Katherine Mansfield. Curiosamente, o detetive criado por Ngaio Marsh (1895-1982) não tem nada de neozelandês: Roderick Alleyn é um cavalheiro britânico que atravessou os horrores da I Guerra (em que morreu o marido de Ngaio) e ingressou na Scotland Yard. Desde 1934 figura em 32 livros policiais da autora. Ela era uma shakespeariana, Rory Alleyn cita Shakespeare nas suas investigações. A meio da II Guerra, o detetive finalmente vai até à terra natal da sua criadora, trabalhando para os serviços de espionagem – mas regressa a Londres. Ngaio nunca precisou de regressar ao Reino Unido; na Nova Zelândia, do outro lado do mundo, foi tão ou mais britânica do que Agatha Christie ou P:D. James. Os seus livros têm uma melancolia suave e evocam as paisagens e ambientes de um mundo sem conflitos. O último livro com Alleyn foi publicado em 1982, pouco antes da morte de Ngaio Marsh, passam hoje exatamente 40 anos.
Da coluna diária do CM.
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