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O papa Francisco elevou a igreja matriz de Torre de Moncorvo à dignidade de basílica. É um colosso cuja construção se iniciou no século XVI e que, hoje, domina a vila. Ao longe, de noite, é uma coroa iluminada no emaranhado de ruas que sobem até ao topo da colina. O seu interior (três naves, retábulos barrocos), de chão austero e frio, de granito, é de uma elegância notável; a escadaria minúscula que leva ao topo, ao varandim e ao campanário, é um prodígio; as fachadas, tanto a frontal como a lateral, têm fragmentos de grande arte. Sempre achei belíssima esta igreja de Nossa Senhora da Assunção que agora se junta à lista das outras basílicas portuguesas – e, em especial, à basílica do Santo Cristo do Outeiro, na aldeia de Outeiro, no mesmo distrito, Bragança. Esta, é uma explosão de beleza no meio de planalto (foi elevada a basílica em 2014), com um interior magnânimo e uma sacristia fantástica, toda ela preenchida (paredes e tecto) com quadros, em puzzle, de Damián Bustamante, um pintor de Valladolid do século XVIII. Moncorvo pode orgulhar-se desta distinção de primeira ordem.
Da coluna diária do CM.
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