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Depois de Emmanuel Macron ter declarado 2021 como “o ano da gastronomia francesa”, o departamento de Ciências Políticas da universidade de Lille lançou um mestrado em BMV. Esclareço: são as iniciais de “boire, manger, vivre”, ou seja, “beber, comer, viver”, trilogia sagrada da cultura francesa. A notícia vem no Le Monde e diz o essencial: os alunos do curso estudarão matérias essenciais da gastronomia e dos vinhos como instrumentos diplomáticos da França (a “gastro-diplomacia”), mas também as novas tendências da cozinha, o ‘umami’ (o quinto sabor), assédio sexual entre os fogões, alimentação bio, vegetarianismo, turismo, agricultura e aquicultura, cafés, etc – e, naturalmente, a superioridade da cozinha francesa (património mundial da Unesco), dos seus magníficos vinhos, queijos e disponibilidade para comer. Sei que estamos no início do ano, e precisamos de boas ideias – esta parece-me não só inteligente como apetecível. Há anos que os franceses conhecem esse trilho, tirando proveito do Michelin. Ensinar as pessoas a ter maneiras à mesa é um primeiro passo para haver ordem no mundo.
Da coluna diária do CM.
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