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Já é muito grave que o Presidente da República envie aos seus concidadãos mensagens contraditórias, oscilando entre o “comigo isto não volta atrás” e o “lá vamos voltar atrás”. O Presidente sabe que a pandemia não depende da sua boa vontade e que não ficamos mais tranquilos quando é necessário voltar com a palavra atrás. Já a senhora diretora-geral da Saúde é outro caso. Se não se lhe questiona a competência científica, é muito crítica a sua incessante falta de pontaria e sensibilidade, além da forma como, de forma deliberada, envia mensagens contraditórias – numa semana, “temos de ser felizes” e de “socializar”; na semana seguinte, estamos em emergência e em combate feroz. Sim, o vírus é imprevisível; mas os cidadãos que se vacinam e se comportam à altura merecem que a luta à pandemia não se guie pela propaganda, pela prosápia, pela vulgarização e infantilização de todos nós. Ninguém pede a estas almas que sejam heróis de um combate difícil. Pede-se-lhes que sejam sensatos e comedidos. Ninguém pode estar sempre a vencer a pandemia, recolhendo coroas de glória mês sim, mês não.
Da coluna diária do CM.
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