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Inverno.

por FJV, em 21.12.21

O inverno começa pela música, por exemplo. O amor entre Rodolfo e Mimi, na ópera La Bohème, de Puccini (1858-1924), termina coberto de neve, mas talvez não seja a melhor forma de evocar a estação fria. Veja-se Tchaikovsky (18490-1893), que queria que a sua primeira sinfonia levasse o título de Sonhos de Inverno, e o primeiro andamento tem mesmo o subtítulo Sonhos de uma Viagem de Inverno, o que nos leva a uma das mais deliciosas peças de Franz Schubert (1797-1828), Viagem de Inverno, um conjunto de canções que evocam um amor perdido – mas a solidão de inverno aparece como nunca em Claude Debussy (1862-1918), num dos seus prelúdios de piano, Pegadas sobre a Neve. Claro que é necessário falar de Vivaldi (1678-1741), que compôs as Quatro Estações, onde o inverno encerra o ciclo. Música abundante para falar destes tempos, que podem ainda contar com canções do nosso tempo: Fifteen Feet of Pure White Snow, de Nick Cave, maravilhosa; Cold Weather Blues, do grande Muddy Waters; mas nada como a belíssima Famous Blue Raincoat, de Leonard Cohen (1971), um hino de melancolia.

Da coluna diária do CM.

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