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Falemos então de populismo. Por exemplo, dos facínoras que foram apanhados em Alcácer do Sal a roubar pinhas – é um roubo que não pode ficar sem castigo; o comando territorial de Setúbal da GNR emitiu um comunicado onde nos esclarecia que se tratava mesmo de pinhas de ‘Pinus pinea’, pinheiro manso, recheadas de pinhões. Ao preço a que andam, a usurpação podia chegar às duas ou três centenas de euros – e a justiça quere-se célere e universal. A notícia não me comoveu tanto como a da detenção do ex-banqueiro e ex-colecionador de arte João Rendeiro, que acompanhei nos resumos televisivos ao fim da noite de sexta-feira. Não tive paciência para o fazer antes porque, em Portugal, milhões de euros, investidores de arte e ex-banqueiros são assunto corrente na televisão, que os entrevista com regularidade – mas ladrões de pinhas têm um certo tom de heroísmo mafarrico; ainda bem que a justiça impôs termo de identidade e residência a estes meliantes de Alcácer, que se preparavam para quebrar a casca do pinhão, trabalho certamente louvável mas muito enfadonho. Que aprendam. A justiça é para todos.
Da coluna diária do CM.
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