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A minha total inaptidão para apreciar musicais americanos leva-me a nunca ter visto West Side Story (1961), um clássico. Mas vi imagens do filme por causa de Natalie Wood (1938-1981) que nos deixou há quarenta anos, assinalados hoje. Temos, portanto, além das imagens, a sua aparição em Rebel With a Cause (Fúria de Viver, 1955), de Nicholas Ray, ao lado de James Dean; temo-la no gigantesco A Desaparecida, de John Ford (1956), partilhando a luz e a penumbra com um grande John Wayne; temo-la, finalmente, no seu deslumbrante papel de Deanie Loomis em Esplendor na Relva (1961), de Elia Kazan, ao lado de Warren Beaty – isto seria suficiente, acrescentando-lhe talvez A Flor à Beira do Pântano, de Sidney Pollack (1966). Retenho sobretudo Esplendor na Relva, onde Natalie Wood aparece plena maturidade e de brilho, o que se deve à constante perversidade de Elia Kazan e à personagem que Natalie interpreta. A sua beleza delicada e triste é como uma lembrança rara, para não falar dos versos de William Wordsworth que fecham Esplendor na Relva: uma beleza que ficou no passado.
Da coluna diária do CM.
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