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Pedi o livro mal foi publicado nos EUA, o que foi uma saga: Blake Bailey, o autor da monumental biografia do monumental Philip Roth (1933-2018) foi brutalmente espancado pela imprensa e meios universitários depois de terem aparecido acusações de má conduta sexual – até a sua editora ter decidido retirar o livro das prateleiras. Felizmente apareceu outra; e, felizmente, o livro está já traduzido em português, o que é uma boa oportunidade para, lendo-o, conhecer “o outro lado” de Philip Roth: as suas paixonetas e paixões, as embirrações secretas, as manobras para limpar a biografia, as rivalidades, a capacidade de trabalho, a família, os deslizes e, claro, lá está, “o problema do Nobel” que nunca veio (a academia sueca é uma enxerga de gente aborrecida e inútil), e que se transformou numa obsessão tão ausente como presente. Roth era um escritor notável (por livro percebe-se que às vezes se julgava o melhor de todos, o que se lhe desculpa). Só uma biografia igualmente notável podia fazer-lhe justiça e ler-se do princípio ao fim como se estivéssemos ao corrente de tudo. Que maravilha.
Da coluna diária do CM.
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