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Se a literatura não servir para isto, então não serve para nada. Refiro-me a espevitar a imaginação, um dos trabalhos de Alberto Manguel para nos deliciar com as coisas tremendas que há nos livros. A partir deles, tanto de Shakespeare como de Dante, de Tolkien como de Júlio Verne e García Márquez, ou H.G. Wells, ou Platão, ou Borges, tanto se constroem lugares imaginários (é o material do seu Dicionário de Lugares Imaginários) como receitas de cozinha, que é o que acontecem em Livro de Receitas dos Lugares Imaginários (a edição da Tinta-da-China acaba de chegar às livrarias): um livro leva a outro, e cada um deles transporta uma receita, além do podermos escolher uma filiação literária para a nossa comida. Queremos hambúrgueres para dinossauros? Bolos para Hobbits? Ostras de Vénus? Risotto de cabeça de serpente-negra? Caldeirada da Atlântida? Tudo é possível. É claro que há gente que desconfia disso, porque é aborrecida demais para acreditar em anjos, na vida no fundo do mar ou em amigos invisíveis. Ficam a perder e a repetir-se – e nós a rir com Alberto Manguel.
Da coluna diária do CM.
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