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Uma medalha.

por FJV, em 08.11.21

O desporto é parte essencial da nossa vida. Talvez por isso, o Presidente condecorou atletas de futebol, futebol de praia, canoagem, corrida, triplo-salto, lançamento de peso, automobilismo, ténis, treinadores de futebol, maratona, paralímpicos – a nenhum estou a regatear mérito ou a retirar a justiça da atribuição das medalhas a esses símbolos do orgulho pátrio. Longe disso, até porque os heróis de hoje, verdadeiros ‘influencers’ da pátria, são figuras do desporto e do rock, sem mencionar que, a cada medalha, comemoração, festejo, audiência pública em Belém, os governantes e o presidente (este, por excesso de generosidade; os outros por calculismo esperto) declaram sermos “os melhores do mundo”. Na passada quinta-feira, Ana Luísa Amaral, a grande autora de Às Vezes o Paraíso, Se Fosse um Intervalo, Ágora ou, na semana passada, Mundo (a sua poesia está reunida em várias antologias), a ensaísta de Arder a Palavra, recebeu em Espanha o Prémio Rainha Sofia, o mais importante prémio literário ibero-americano. A medalha não interessa, mas uma felicitação pública era mais do que justa.

Da coluna diária do CM.

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