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Recordo-me de uma série de televisão com André Malraux (1901-1976), As Vozes do Silêncio, uma revisitação do seu livro com o mesmo título. Ver aquele rosto, ouvir a voz e a profundidade da voz, perceber o sentido da denúncia de uma vida sem sentido, ou em busca de sentido – foi a minha porta de entrada para visitar André Malraux várias vezes. Houve uma velha edição de As Vozes do Silêncio em dois volumes, sim; o romance A Condição Humana e o encontro com a China e as difíceis escolhas desse tempo (que já tinha tratado em Os Conquistadores); a guerra civil de Espanha e A Esperança; a herança de De Gaulle em Quando os Robles se Abatem – e, naturalmente, as suas opções políticas, que tanto o colocam ao lado dos republicanos na guerra espanhola, como ao lado de De Gaulle no segundo sopro da sua vida política, atravessando o Maio de 68 no lado menos popular das barricadas, o que gerou a hostilidade da esquerda desses anos, que demorou a reconhecê-lo com um dos europeus mais influentes do século XX. Passam hoje 120 anos sobre o nascimento de André Malraux, uma voz contra o silêncio.
Da coluna diária do CM.
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