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A série Escrava Isaura foi uma das telenovelas mais conhecidas de Gilberto Braga, e antecedeu histórias como Dona Xepa, Dancin’ Days, Água Viva ou Vale Tudo. Um dos seus sucessos foi a adaptação de O Primo Basílio, de Eça, inesquecível. Muita gente aprendeu a contar histórias com Gilberto – e também com outros génios dessa arte, como Aguinaldo Silva (o de Tieta), Dias Gomes (o de O Bem Amado ou Roque Santeiro) – por sua vez casado com Janete Clair (uma pioneira do género, que criou O Astro) – Walter Dürst (o criador de Gabriela, adaptação de Jorge Amado que inaugurou a nossa vida de telenovela), Walter Avancini, Glória Pérez ou o pioneiro Walter Forster. Não vejo telenovelas desde o início dos anos 90, quando elas se transformaram em pura indústria enlatada e a minha paciência, com a idade, diminuiu. Mas nada disso retira o mérito à escola brasileira de guionismo de telenovela. Gilberto Braga (1945-2021), que morreu na noite de anteontem, não foi apenas um dos autores mais populares – foi também um inovador no género e merece que nos recordemos do seu talento.
Da coluna diária do CM.
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