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Sabendo que vai ser transformado em personagem de uma peça cómica e satírica da Broadway, o francês Jean-Marc Clément, que é rico, milionário e bem parecido, vai ver os ensaios e apaixona-se por uma atriz, Amanda Dell. Podia contar o resto, mas é o essencial de Let’s Make Love (Vamo-nos Amar), de George Cukor; ele é Yves Montand, ela é Marilyn Monroe. Sobre Marilyn não direi mais; sobre Yves Montand (1921-1991), era casado com Simone Signoret, mas teve uma aventura com a americana (e outras, fora do casamento). Aos dois anos, a família fugiu do fascismo italiano e fixou-se em França, na Marselha pobre e descuidada. Aos 17 é já cantor; aos 23 conhece Piaff (com quem tem um romance, à medida dos dois), aos 30 casa com Signoret. A sua voz de ouro é conhecida. Passeia com o partido comunista até visitar a URSS – é já ator, com carreira internacional. Companhia de Sartre, Beauvoir, mas também de Marilyn ou Buñuel. E de Costa Gravas, com quem faz Z, Estado de Sítio e A Confissão. Passam hoje 100 anos sobre o nascimento desta beleza francesa, imortal como um bom patife.
Da coluna diária do CM.
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