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Boa parte dos ‘ativistas’ acham que o planeta se salvaria se passarmos a gastar menos água no autoclismo ou se, em vez de frango no forno, passarmos a comer escalopes de tofu. Este é o resumo. A pobreza não os incomoda. Criados na abundância, nunca viveram a penúria, não tiveram de poupar – e consumiram sem limites. Depois de serem ungidos “com a verdade” não conhecem meio termo; a sua religião não admite salvação senão depois da catástrofe. O Presidente da República fez um dos seus discursos mais dramáticos e pessimistas (o do 5 de Outubro) onde assume, oficialmente, existirem 2 milhões de pobres em Portugal. Enquanto isso, o governo anuncia promoção das “classes médias”, que situa acima dos dois euros de salário – a partir desse nível, trata-se de “ricos”. No país que está a vender-se ao metro quadrado e onde a “reabertura da economia” depois da pandemia se traduziu na reabertura dos restaurantes e do turismo, os portugueses ganham cada vez menos e têm cada vez menos voz real. Enquanto se prepara o festim dos loucos do PRR, há muito tempo que não vivíamos rodeados deste silêncio.
Da coluna diária do CM.
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